Delegacia de Santa Rosa do Sul realiza, nesta quinta-feira (26,) a reprodução simulada da tragédia que matou oito pessoas em Praia Grande
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A Polícia Civil de Santa Catarina realiza nesta quinta-feira (26) a reconstituição do trágico acidente com balão ocorrido em Praia Grande, no último sábado (21). O trabalho, conduzido pela Delegacia de Polícia de Santa Rosa do Sul com apoio da Polícia Científica, busca esclarecer as circunstâncias que levaram à morte de oito pessoas e feriram outras 13.
Conforme informações oficiais da Polícia Civil, já foram realizadas 20 oitivas durante a investigação. Entre os depoentes estão o piloto da aeronave, 13 vítimas sobreviventes, o gestor da empresa fabricante do balão e funcionários da agência Sobrevoar, responsável pelos voos turísticos.
Os laudos cadavéricos já foram concluídos, assim como o relatório psicológico elaborado por psicólogos policiais que acompanham tecnicamente os desdobramentos da investigação.
Buscas por equipamentos do balão
Durante os trabalhos investigativos, as equipes localizaram o extintor de incêndio do balão. Atualmente, está em andamento um novo levantamento com o objetivo de localizar o maçarico utilizado no equipamento, peça considerada fundamental para a elucidação das causas do acidente.
Segundo o depoimento do piloto à Polícia Civil, o incêndio teria começado no cesto da aeronave após o acionamento de um maçarico auxiliar, equipamento utilizado para reacender a chama do balão durante o voo.
O acidente aconteceu por volta das 8h do sábado (21), quando o balão transportava 21 pessoas e caiu em decorrência de um incêndio. Entre as vítimas fatais, quatro morreram carbonizadas e quatro ao saltar do cesto para fugir das chamas.
Perfil das vítimas e impacto regional
Os mortos são seis de Santa Catarina e dois do Rio Grande do Sul. Entre as vítimas estava um professor de patinação artística de Brusque, que era diretor técnico da Federação Catarinense de Patinação Artística, além de casais e uma mãe com filha.
Praia Grande é um tradicional destino de balonismo, localizada próxima a uma região de cânions no extremo sul de Santa Catarina, a cerca de 270 quilômetros de Florianópolis. A tragédia abalou a comunidade local e o setor turístico da região.
Aspectos técnicos e responsabilidades
A empresa responsável, Sobrevoar, operava com um balão que tinha apenas seis meses de uso. Segundo informações preliminares, havia irregularidades na documentação do veículo, o que levantou questões sobre a segurança do equipamento utilizado.
A Polícia Civil mantém o compromisso com a elucidação completa dos fatos, atuando com rigor técnico e responsabilidade. O inquérito está previsto para ser concluído em até 30 dias.
O caso é acompanhado de perto pelas autoridades estaduais, que buscam não apenas determinar as causas do acidente, mas também avaliar a necessidade de aprimoramentos na regulamentação e fiscalização da atividade de balonismo turístico em Santa Catarina.
O Redação SCTodoDia em edição extraordinária acompanhou todas as informações da queda do balão em Praia Grande, confira.
