Em um relato tocante e corajoso, Emma Heming Willis, esposa do ator Bruce Willis, abriu o coração sobre a experiência de cuidar do marido, diagnosticado com demência frontotemporal. A experiência foi transformada em livro, “O Rumo Inesperado: Como Recuperar a Força, a Esperança e se Reencontrar na Jornada do Cuidado”, recém-lançado no Brasil.
Em entrevista exclusiva ao “Fantástico”, da Globo, neste domingo (28/9), a mulher descreveu a vivência como um processo lento e doloroso.
Questionada sobre a condição do astro, ela sintetizou a situação com uma declaração comovente: “É como se fosse um longo adeus, uma jornada que progride lentamente. Com o tempo, você percebe que precisará de mais ajuda e apoio.”
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Bruce Willis, de 70 anos, convive há cerca de três anos com os sintomas da doença. Inicialmente diagnosticado com afasia, condição que afeta a comunicação, o astro de filmes de ação precisou se afastar dos estúdios em 2022. O diagnóstico definitivo, de demência frontotemporal (DFT), confirmou a gravidade da situação.
Emma contou que, no início, foi difícil identificar os sinais da doença, descrita por neurologistas como “a pior de todas as demências” e “incerta”. “A gente foi percebendo que tinha algo estranho na forma como o Bruce se comunicava”, lembrou. Ela revelou que o ator, que superou a gagueira na infância para se tornar ator, viu o problema na fala retornar.
“Quando a gagueira voltou, eu jamais poderia imaginar que aquilo era um sinal”, disse. A atriz e ex-modelo chegou a duvidar do próprio casamento e de sua sanidade ao não conseguir compreender os novos comportamentos do marido, escrevendo em seu livro: “Às vezes, eu pensava: ele tá falando sério? Tá fingindo? Ou eu tô ficando louca?”.
Com o avanço da doença, Emma precisou confrontar sua resistência em aceitar ajuda. “Eu queria resolver tudo sozinha. Eu pensava: o Bruce é meu marido, meu amor, só eu posso fazer isso. Eu era muito resistente à ideia de aceitar ajuda”, confessou.
